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GRANDES PINTORES Potiguares que você precisa conhecer [01]


Por Henrique Araújo
Vamos falar de arte? Conheça as obras destes talentosos artistas potiguares e desbloqueie um novo nível de cultura na sua vida.

Thomé Filgueira
Quadro de Thomé Filgueira apresentado na exposição “Entre Usinas e Rios”.
Thomé é um dos artistas plásticos mais relevantes do Rio Grande do Norte. Ele nasceu em Natal e fez várias exposições nos Estados Unidos na década de 1960.
Integrante da segunda geração de modernistas no estado, ao lado de figuras como Newton Navarro e Dorian Gray, ele criou uma linguagem própria dentro das artes visuais do Rio Grande do Norte.
Sua maior referência artística foi o impressionismo francês, que dividiu espaço com o realismo e o expressionismo abstrato que ele trouxe na bagagem após morar uma temporada nos EUA, no final dos anos 1950.

Assis Marinho
Obra de Assis Marinho retratando a atividade pesqueira
Assis nasceu na Paraíba, mas veio ainda criança para o Rio Grande do Norte com a família, para fugir das mazelas provocadas pela seca. Não frequentou escola de pintura, mas a arte estava em sua veia. Seu pai, Walfredo Marinho, fazia santos de madeira e barro (santeiro profissional) e tocava sanfona.
Seus quadros são em giz de cera, aquarela ou óleo, reproduzindo imagens barrocas, lembranças dos anos vivenciando as secas pelo sertão do Seridó. Nas pinturas, agricultores são retratados em momentos de trabalho e religiosidade.
Marinho ganhou alguns prêmios em sua carreira, realizou várias exposições, individuais e coletivas, mas prefere vender seus quadros pessoalmente.


Vatenor de Oliveira
Obra integrante da “Caju para todo lado” de Vatenor Oliveira
Vatenor nasceu em Natal em 1953. Sua obra é caracterizada pela pintura de cajus e cajueiros típicos da vegetação nativa potiguar, sendo frequentemente citado como “o pintor dos cajus”.
Ele se descobriu artisticamente em 1974, no Rio de Janeiro, onde morou por 26 anos e pôde conviver com a grande efervescência artística manifestada nas décadas de 70 e 80. Entre os anos de 1986 a 1988 ele morou em Nova York, participando de exposições coletivas e individuais. Participou de 35 exposições individuais no Brasil e no exterior.

No final dos anos 80, viajou a Paris para realizar uma exposição na Galeria Debret, depois voltou a Natal acreditando que aqui poderia contribuir para o universo das artes plásticas.

Se você não entende porque ele repete tanto o tema “caju”, o jornalista Nelson Patriota fez referência, em 1996, ao trabalho do potiguar criado às margens do rio Potengi com uma declaração de amor à natureza e um pedido de socorro. “A luta pelo verde pressupõe o direito de apreciar o ambiente a ele indispensável. A pintura de Vatenor tem, assim, teor de um vaticínio severo: se negligenciarmos com o verde (vale dizer, com as dunas, os mares, as florestas, fauna e flora juntas), legaremos às gerações futuras uma paisagem mais próxima do mundo empoeirado e sufocante de ‘Blade Runner’ do que dos cajueiros e de sua brisa suave que sopra das telas de Vatenor”.

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